A hiperdontia é uma condição de saúde bucal caracterizada pelo excesso de dentes permanentes. Sabendo que o número normal de dentes permanentes é 32, um ou mais dentes, além dessa quantidade, caracteriza a hiperdontia.
As causas dessa condição são desconhecidas, mas, acredita-se que fatores genéticos e outras condições podem influenciar o surgimento.
Porém, apesar de ter a causa desconhecida e de parecer um problema pequeno, o excesso de dentes pode trazer alguns riscos e causar danos à saúde de quem os possui, conforme veremos neste conteúdo.
Continue conosco e entenda, detalhadamente, o que é a hiperdontia, quais seus riscos, como tratar e outras informações sobre.
O que é hiperdontia
Hiperdontia é o nome dado à condição onde a pessoa tem os chamados dentes supranumerários, ou seja, um excesso de dentes em relação ao número normal, que seria 32 dentes permanentes.
Esses dentes a mais, podem, ainda, ter a forma anatômica normal, de um dente comum, ou terem a forma alterada – ou seja, a mesma estrutura e formação de um dente, mas com formato diferente dos que vemos nas arcadas dentárias.
Para entendermos melhor a ocorrência desse problema, veja os seguintes dados:
- A maioria dos casos ocorre na dentição permanente, mesmo que possa acontecer ainda na dentição decídua (dentes de leite);
- Pessoas do sexo masculino tem maior ocorrência de hiperdontia;
- A condição pode ocorrer de forma bilateral, mas, normalmente, acontece apenas de um lado da boca;
- É mais frequente o surgimento de um único dente excedente;
- Em 90% dos casos, os dentes surgem na maxila e na região anterior (na arcada superior, na frente).
A hiperdontia costuma ser assintomática, de forma que, para se obter um diagnóstico, é preciso passar por exames de radiografia.
Diante do resultado desses exames e do diagnóstico, é preciso fazer, o quanto antes, a remoção desses dentes excedentes, evitando o surgimento de alterações bucais.
Para que fique clara a necessidade da remoção desses dentes, listamos, abaixo, os riscos que a hiperdontia traz ao paciente que apresenta a condição.
Riscos da hiperdontia
Na maioria das vezes, o paciente não tem conhecimento de que conta com esse número excedente de dentes, mas é comum que a hiperdontia traga dor e dificuldade na mastigação, caso seja um número grande de dentes supranumerários.
Esse excesso de dentes pode causar problemas como:
- Impactação dentária, quando o dente não cresce na posição correta e pressiona os dentes próximos;
- Má oclusão e problemas de mordida, como o trespasse horizontal;
- Dentes de leite com crescimento inadequado;
- Surgimento de cistos e tumores;
- Maior risco de infecções, doença periodontal e cárie.
Como tratar a condição
Há alguns tratamentos à disposição que podem resolver esse problema e, cada um deles, dependerá do paciente em questão. Ou seja, o tratamento varia de pessoa para pessoa.
Pode ser necessário esperar, para que o dentista acompanhe a evolução do problema e “veja no que dá”, assim como pode ser necessário extrair esses dentes ou fazer um procedimento cirúrgico, para remover o dente supranumerário retido.
Caso a hiperdontia esteja interferindo na oclusão, ou seja, no encaixe correto das arcadas e na mordida, o que costuma ser recomendado é a remoção, o mais rápido possível.
Porém, mesmo com a urgência da remoção em alguns casos, ainda há um receio entre os odontologistas quanto ao tratamento da hiperdontia, uma vez que, como esses dentes costumam se alojar próximos aos dentes da frente, a remoção pode causar danos estéticos.
Por conta disso, antes de solicitar qualquer tratamento, é preciso ter um acompanhamento com o dentista, para que ele avalie seu caso e, assim, recomende um tratamento adequado.
Caso seus dentes em excesso tenham nascido, mas não haja necessidade de extração, procure orientação do dentista para fazer a higiene correta, escovando e usando o fio dental de forma adequada, para evitar cáries, mau hálito e infecções.
E, para manter sua saúde bucal em dia, com ou sem hiperdontia, não se esqueça de consultar o dentista a cada seis meses!
